Comunidade

Lance Notícias | 01/08/2022 15:09

01/08/2022 15:09

18101 visualizações

Mãe de criança com Pé Torto Congênito cria rede social para falar sobre o assunto e ajudar outras famílias

Franciele Alves, de 25 anos e Otavio Novello, de 28 anos são pais da pequena Antonella. Antonella foi diagnostica ainda na 23ª semana de gestação como portadora de Pé Torto Congênito – PTC. — Somos casados já há oito anos. A Antonella nasceu em 2020 e para nossa surpresa ela veio com PTC, descobrimos com […]

Mãe de criança com Pé Torto Congênito cria rede social para falar sobre o assunto e ajudar outras famílias

Franciele Alves, de 25 anos e Otavio Novello, de 28 anos são pais da pequena Antonella. Antonella foi diagnostica ainda na 23ª semana de gestação como portadora de Pé Torto Congênito – PTC.

— Somos casados já há oito anos. A Antonella nasceu em 2020 e para nossa surpresa ela veio com PTC, descobrimos com 23 semanas, fizemos a morfológica e conseguimos ver que um pé seria torto — conta a mãe.

Franciele fala que fez todo o pré-natal com um único médico e sempre foi orientada de que a filha iria nascer com PTC.

— De imediato o médico me falou que a Antonella iria nascer com um pé torto e no mês seguinte ele me deu certeza de que os dois pés dela seriam tortos. A partir do momento que descobrimos começamos a buscar informações sobre o que era o PTC, pois sabíamos que era uma deformidade que precisava ser concertada — explica.

A mãe conta que em um primeiro momento ela ficou em choque, com sensação de desespero, pois não encontrava a solução.

— Quando descobri eu procurei procurar a solução de imediato, esse é um tratamento que precisa totalmente da dedicação dos pais, desde que você começa o tratamento até os quatro anos da criança que é o período de tratamento para quem tem essa deformidade — relata.

O pai de Antonella trabalhava em uma empresa junto com o pai e ambos pediram as contas e começaram a trabalhar de forma autônoma, para poder dar atenção as necessidades da Antonella.

— Ondes são pedreiros e começaram a trabalhar por conta pois precisávamos sair uma vez por semana devido ao tratamento. O tratamento dela começamos em Xanxerê e agora tratamos com um ortopedista pediátrico em Chapecó — fala.

O tratamento do PTC funciona da seguinte forma:

— Tudo começa com o gesso, as trocas do gesso são semanais e custam em média R$600 cada troca, é um valor alto por semana que precisamos gastar e se fazer pelo SUS o tratamento só é ofertado em Florianópolis, e esse tratamento vai demorar mais, pois a troca de gesso é a cada 15 dias — pontua.

Na fase do gesso Franciele conta que na hora do banho o pai ajudava a segurar a Antonella, evitando molhar as pernas da pequena. Segunda ela não foi possível dar um banho completo na Antonella até terminar a fase do gesso.

A Antonella usou cerca de quatro meses de gesso, fazendo a troca semanal, fez o alongamento do tendão de aquiles, usou gesso novamente por três semanas seguidas e depois disso ela usou a bota ortopédica 23 horas por dia, tirando apenas uma hora ao dia para o momento do banho.

— Finalizados os três meses do uso da bota ortopédica ela deu reincidido o pé esquerdo e foi preciso voltar ao início do tratamento, que foram três semanas de gesso e mais um mês de bota ortopédica — conta.

Franciele conta que agora tudo se encaminha para o fim do tratamento. Antonella fez a última cirurgia em junho de 2021 e utiliza a bota ortopédica 14 horas ao dia.

— Criamos uma rotina pra ela desde os três meses, sempre coloquei ela dormir às 19h, pois fica mais fácil para colocar a bota nela e ela dormir e a gente tirar mais cedo — comenta.

Com a intenção de ajudar outros papai e mamães Franciele resolveu criar uma rede social para expor suas experiências e compartilhar a rotina e o tratamento da pequena Antonella.

— A ideia de criar o Instagram partiu da necessidade que eu encontrei em buscar informações e com a ajuda do nosso ortopedista ele nos dava dicas de como eu poderia ajudar outras mães, além de mostrar o tratamento que a gente estava fazendo. Com isso já conseguimos ajudar várias mães aqui da região, por exemplo quando estamos na fase do gesso não conseguimos usar roupas no tamanho correto, macacão com pezinhos pois dificulta a troca, na hora de comprar o bebê conforto precisa ser com uma boca maior aonde ficam os pés pois depois do gesso tem a bota e tudo precisa um cuidado especial — finaliza.

Para conhecer mais sobre a história da Antonella siga a rede social @maedeptc.

Deixe seu comentário