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Lance Notícias | 24/08/2022 15:58

24/08/2022 15:58

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Desafio e liberadade: prática do ciclismo é fonte de terapia para moradora de Xaxim

Lurdes Lunardi, de 53 anos, fez do ciclismo uma fonte de recuperação e terapia. Aos 14 anos, foi para Porto Alegre estudar e sempre foi ligada a prática de esporte, seja em academia ou jogos. Um fato que lhe marcou foi há seis anos, quando Lurdes estava jogando futebol e rompeu o ligamento do joelho. […]

Desafio e liberadade: prática do ciclismo é fonte de terapia para moradora de Xaxim

Lurdes Lunardi, de 53 anos, fez do ciclismo uma fonte de recuperação e terapia.

Aos 14 anos, foi para Porto Alegre estudar e sempre foi ligada a prática de esporte, seja em academia ou jogos. Um fato que lhe marcou foi há seis anos, quando Lurdes estava jogando futebol e rompeu o ligamento do joelho. O fato obrigou a atleta se afastar de todo e qualquer tipo de esporte por um tempo.

Mesmo lesionada, a vendedora continuou trabalhando, ela relata que sentia fortes dores e aguardava consulta pelo SUS.

Após três anos esperando operação e usando joelheira 24h por dia, Lurdes voltou a praticar esporte com algumas restrições, foi ai que conheceu o ciclismo.

– Tinha algumas amigas que já estavam pedalando, uma delas que me incentivou muito foi a Bruna Cabral, ela insistia para começar a praticar – explica.

Lurdes destaca que na época não tinha bike pois tudo era muito caro. Mas que um tempo depois, ganhou uma bike de um familiar, não no padrão das que as amigas tinham, mas que já lhe ajudaria no início.

– Tenho uma enorme gratidão a Bruna e todos que me incentivaram a continuar, eu não me via fazendo ciclismo e muito menos pedalando por aí, começar foi a melhor escolha que eu fiz, isso lá em outubro de 2017 – destaca.

A primeira pedalada foi de, em média, 42km, segundo a ciclista, foi um grande desafio.

– Eu lembro até hoje, quase morri, fui e voltei na mesma marcha, nem troquei, mas rendeu boas risadas e já aprendi bastante. Fui super persistente, desde o começo, nunca desisti fácil das coisas por mais difícil que fossem – enfatiza.

As pedaladas aconteciam de sábado, os primeiros roteiros tinham 70 km, mas que, atualmente, são feitos 30km em grupo pela BR ou interior.

– Um dia a minha bike deu problema e decidi comprar uma nova, aos poucos fui trocando meus equipamentos e comprando novos – fala.

A operação do joelho foi em 2018 e Lurdes precisou ficar seis meses sem pedalar, mas que mesmo assim, teve uma recuperação surpreendente.

– Até o médico se surpreendeu na recuperação, ele disse que foi por conta deste exercício. Eu quebrei a patela, menisco e ligamento cruzado, e ainda falou que minha fisioterapia seria a bike, por isso esse esporte é tudo na minha vida – diz.

Outro fato marcante na vida da ciclista foi um acidente enquanto pedalava sozinha no asfalto.

– Uma época pedalei sozinha na volta da vila, estava baixando o sol, uns segundos que a sombra cegou meus olhos eu não vi um buraco, acabei caindo com a roda dentro e dei um giro de 360 graus. Com o impacto, destronquei alguns dedos e tirei um pedaço do joelho que ainda estava esperando operação naquela época. É por isso e outros fatos que não é aconselhado sair sozinho, daquele dia em diante só sai em grupo mesmo – lembra.

Entre os desafios e obstáculos, Lurdes menciona a melhora na saúde e seu desempenho pessoal e profissional que o ciclismo lhe proporcionou.

– A bike é minha terapia, foi minha fisioterapia e significa liberdade, é uma fonte de terapia.

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