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Maicon Fiuza | 21/09/2022 10:01

21/09/2022 10:01

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Mãe supera a depressão pós-parto e cria ‘laços’ com a filha fazendo artesanato

A arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras. Uma outra forma de arte é o […]

Mãe supera a depressão pós-parto e cria ‘laços’ com a filha fazendo artesanato

A arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras.

Uma outra forma de arte é o artesanato, que é trabalhado por mãe e filha Aline Velozo e Alice Mariam Carminatti no ateliê Alice Pincesa Mimos e Laços, o Lance Xaxim conversou com Aline que é mãe de Alice para contar um pouco da história de como surgiu a ideia de montar o Ateliê:

— A ideia do Ateliê foi da Alice. Nos mudamos para Xaxim em fevereiro, somos de Abelardo Luz. Desde que a Alice nasceu até os três anos dela eu tive depressão pós-parto aliado a problemas subconsciente de origem materna e acabei rejeitando-a. Eu ficava o menor tempo possível com ela, pois não suportava. A minha irmã mais nova sem julgamento algum acabou assumindo o papel de mãe afetiva da Alice. Ela cuidou, brincou, deu carinho afeto, tudo que eu rejeitei. Eu fazia as obrigações de mãe, trocar, alimentar, vestir, mas a parte materna fiquei a desejar. Só caiu a minha ficha que eu precisava mesmo de ajuda quando passei pelo quarto em que a Alice estava e ouvi ela falando com as bonecas que a mamãe não a amava, em tom de cantiga. Aí procurei ajuda psicológica e algumas sessões de constelações familiar, onde consegui identificar a origem da rejeição e tratar. Então ao mudarmos de cidade a Alice sofreu muito com a falta da tia Gisa e queria todo dia ir para casa da tia. Uma noite eu disse a ela que não era possível ir todos os dias por questões financeiras, ela foi dormir chorando. Surpreendentemente no outro dia a Alice veio me acordar e disse que tinha uma ideia para ganhar dinheiro “Que tal mãe, abrirmos uma loja de laços de princesa, eu vendo e você costura. Na minha sala tem muitas meninas, que tal? Ótima ideia né!” Exatamente nestas palavras com um sorriso enorme no rosto — conta.

Aline concordou com ideia pois era ótima mesmo, mas a primeira precisa a se fazer era comprar os materiais.  Alice ficou 15 dias cobrando de sua mãe os trabalhos da loja até chegarem as ferramentas.

— No começo foi como um hobby para ela, para desenvolver o lado criativo e empreendedor dela e uma forma de passarmos mais tempos juntas. Começamos em junho a produção mostrando no “boca a boca” e pelas minhas redes sociais pessoais. E o negócio ganhou forma, a ponto de eu interromper os meus trabalhos de consultoria acadêmica para me dedicar a produção. Como meu tempo de dedicação ao negócio ainda é restrito pois até início de outubro ainda tenho consultorias pagas para concluir não consigo produzir outros produtos além dos laços, mas temos o projeto de elaborar mimos como pulseiras, colares, prendedores de chupeta, entre outros que formem kits com os laços — comenta Aline sobre as atividades no Ateliê.

Para o futuro o Aline e Alice têm três objetivos específicos: Primeiro trabalhar as páginas da loja. Atualmente os clientes estão acostumados que os produtos sejam postados nas páginas pessoais de Aline, então não acompanham a loja oficial e o trabalho fica o dobro ao alimentar muitas páginas.

Segundo objetivo de Aline é dedicar-se em tempo integral aos laços para aumentar a produção e estoque para criar um site. Atualmente elas atendem via  WhatsApp por meio de encomenda, isso faz com que gere uma fila de espera. Com site em funcionamento o cliente só entrará em contato para pedidos personalizados, pois conseguirá fazer toda a compra por conta, não precisando aguardar atendimento.

Sobre o terceiro objetivo Aline explica:

— E o terceiro é a loja de apliques do meu filho mais velho. Identificamos uma demanda de mercado para apliques em biscuit para laços. A procura por laços temáticos tem aumentado, junto com a dificuldade de encontrar peças do jeito que eu precisava e em compras online tem o prazo de produção e a entrega o que fazem que demore muito para concluir um pedido. Então passamos a estudar e fazer cursos na área e começamos na última semana a produzir alguns modelos. A ideia é consumo interno nos laços e venda externa para outras artesãs que tem a mesma dificuldade — explica.

A produção de laço é muito versátil com uma Gama de materiais e produtos que permitem focar em diversos sub-nichos. E elas estão apostando nos modelos personalizados e temáticos.

Para acompanhar o trabalho de Aline e Alice basta seguir no Instagram o @alicepincesa.

 

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