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Maicon Fiuza | 21/09/2022 18:10

21/09/2022 18:10

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Moradora de Chapecó viraliza no Tiktok compartilhando seu dia a dia como agente do IML

As redes sociais são espaços virtuais onde grupos de pessoas ou empresas se relacionam por meio do envio de mensagens, da partilha de conteúdos, entre outros. Por meio das redes sociais é possível ter acesso a muito conteúdo dos mais variados assuntos, dentre eles é possível encontrar relatos sobre o dia a dia de trabalho […]

Moradora de Chapecó viraliza no Tiktok compartilhando seu dia a dia como agente do IML

As redes sociais são espaços virtuais onde grupos de pessoas ou empresas se relacionam por meio do envio de mensagens, da partilha de conteúdos, entre outros.

Por meio das redes sociais é possível ter acesso a muito conteúdo dos mais variados assuntos, dentre eles é possível encontrar relatos sobre o dia a dia de trabalho no Instituto Médico Legal, o que Aline Kardauke faz, e com excelência, elucidando dúvidas de curiosos e preparando quem almeja entrar para a Polícia Científica.

O Lance Xaxim conversou com Aline que somente em uma das plataformas em que divulga as curiosidades sobre seu trabalho acumula mais de quatro milhões de curtidas. Aline contou um pouco sobre seu trabalho e o que a motivou a decidir compartilhar sua rotina:

— Sou Agente de Medicina Legal na Polícia Científica desde 2014. A ideia de compartilhar a realidade do meu dia a dia surgiu com a abertura de um novo concurso para o meu cargo. Estávamos há 12 anos sem concurso e sofremos com muitas desistências. Como o trabalho operacional no IML é muito difícil, pensei em fazer vídeos para quem tem interesse em ingressar na área em SC, pois aí as pessoas já ficam mais familiarizadas com a verdade e pensam melhor se realmente querem fazer o concurso. É um cargo para poucos e penso que se selecionarmos esses poucos guerreiros antes, acaba não tirando a vaga de quem quer essa carreira difícil, porém incrível — conta.

A divulgação feita por Aline acabou chamando a atenção também de outras pessoas, que apenas queriam conhecer mais o dia a dia de quem trabalha com a morte.

Comentou também ao Lance Xaxim o sentimento que possui referente ao seu trabalho:

— Eu aprendi a amar o IML com o passar do tempo. Mesmo querendo muito passar no concurso e ciente das atividades que eu desempenharia, foi desafiador. Depois que me familiarizei com a quantidade de diferentes habilidades que tem que ter um Agente de Medicina Legal em SC, fui olhando o dia a dia com a morte por outro aspecto e vendo o quanto é importante tratar bem os familiares de vítimas em óbito e também as vítimas vivas que procuram o IML para perícias como Lesão Corporal. E a intimidade com a morte traz também uma imensa valorização da vida. Cada minuto importa e cada dia podemos sair bem de casa e não voltar; ter isso em mente é muito especial pra mim, e procuro passar essa mensagem para as pessoas ao meu redor e também nos vídeos do TikTok — comenta.

Há diversos tipos de curiosidade, uma de interesse, que nos leva ao desejo de aprender o que nos pode ser útil, e outra, que provém do desejo de saber o que os outros ignoram. Sobre a curiosidade do publico que a segue Aline destaca:

— Os seguidores adoram pedir coisas que eu não posso dizer, quanto a essas informações eu tomo muito cuidado. Mas há também muitíssimos comentários que geram respostas que podem ser ditas e que aproximam a sociedade num geral da gente. Não é preciso esconder tudo! É bacana tirar dúvidas da galera. Me sinto muito feliz com o carinho e o respeito das pessoas depois de compreenderem o quanto é importante essa função e quanto é difícil. Por exemplo: tem gente que achava que eu só ficava no necrotério e outra pessoa buscava o corpo, vice versa. Outros pensam que é uma terceira pessoa que libera o corpo, e por aí vai. Agora sabem da quantidade de coisas que fazemos e se querem fazer também, ou apenas trocar carinho por ter alguém que faz isso — destaca.

Ressaltou sobre o caso que mais a marcou em sua carreira:

— Sempre tem os casos que marcam nossa carreira. Um em particular foi psicologicamente difícil, que foi o caso da creche em Saudades. Eu achei que nunca me abalaria tanto assim, sendo que eu já estava há 7 anos na área, mas esse caso foi um desafio. No intervalo de buscar os corpos e fazer a necropsia eu despenquei em choro, tive que me recompor para seguir meu trabalho e ainda falar com 5 despedaçadas mães. As imagens daquela salinha de creche nunca sairão da minha cabeça — ressalta.

Para acompanhar e conhecer mais sobre o trabalho de Aline basta segui-la no Instagram e no TikTok @linexkk.

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