Comunidade

Maik Nascimento | 13/11/2023 13:30

13/11/2023 13:30

56358 visualizações

Voluntárias da Associação Recomeço proporcionam momento de lazer para mães de filhos com deficiência e necessidades específicas

Um encontro que somente foi possível pela generosidade de doar tempo, conhecimento e, principalmente, empatia. Sentimento de amor e acolhimento, essa era a ideia das voluntárias da Associação Recomeço em proporcionar às mães guerreiras que passam 24 horas cuidando dos filhos com deficiência e necessidades específicas. A partir deste objetivo, foram estabelecidas parcerias com profissionais de […]

Um encontro que somente foi possível pela generosidade de doar tempo, conhecimento e, principalmente, empatia. Sentimento de amor e acolhimento, essa era a ideia das voluntárias da Associação Recomeço em proporcionar às mães guerreiras que passam 24 horas cuidando dos filhos com deficiência e necessidades específicas. A partir deste objetivo, foram estabelecidas parcerias com profissionais de diversas áreas para os beneficiados do Projeto Passo a Passo, em uma tarde especial no Salão de Atos da Unochapecó, no último dia 30 de outubro. As mamães foram surpreendidas com flores, sessões de fotos e atendimentos de beleza em produções de cabelos e maquiagens. As crianças, por sua vez, ganharam brinquedos, naninhas do grupo Mãos de Luz, além da presença de palhaços, dos super-heróis Batman, Mulher Gato e Homem Aranha, e ainda diversão nos brinquedos infláveis montados para a ocasião, completando o entretenimento.

— Este dia foi uma maneira carinhosa de reconhecer o comprometimento dessas famílias e mostrar nosso apoio — relatou  a vice-presidente da Associação Recomeço, Mara Dal Vesco.

A celebração de força e do amor que permeiam suas vidas reforçam a determinação das voluntárias em continuar essa missão.

— Agradecemos sinceramente a todos que tornaram este evento tão especial e reafirmamos nosso compromisso de fazer a diferença juntos — ressaltou Mara.

Na abertura, a apresentação de um concerto musical com flauta e violão de adolescentes em ambiente de privação de liberdade e reeducação, sob a orientação do instrutor de música e Agente de Segurança Socioeducativo, Adelir Lino.

— É possível sim, em local socioeducativo, trabalhar de diversas formas para auxiliar os adolescentes na conscientização de seus erros, aquisição de novas aprendizagens saudáveis e lapidá-los para futura reinserção social — afirmou a coordenadora do evento e voluntária da Recomeço, Cleide Cerezolli.

O cão Max e a cadela Star do GOC (Grupo de Operações com Cães) do Departamento de Administração Socioeducativa (DEASE) participaram do evento e trouxeram momentos de descontração. Já conhecidos  por grande parte dos participantes pelo trabalho de cinoterapia, ambos interagiram com crianças e adultos, garantindo alegria e diversão.

– Os cães, além de serem utilizados em trabalhos de segurança com a equipe, estão aptos para esse tipo de trabalho — esclareceu o coordenador do GOC/DEASE, Agente Marcelo Anzolin.

— Para as mães e crianças foi uma tarde na qual puderam realizar diferentes atividades, onde se sentiram queridas e valorizadas. Foi muito legal ver as mães maquiadas e felizes com o resultado nas fotos profissionais que foram tiradas. E  a alegria e diversão das crianças com os brinquedos e super-heróis que estavam presentes — avaliou a fisioterapeuta e voluntária da Recomeço, Michele Minozzo.

Quando esta tarde foi idealizada, há dois meses, as voluntárias da Associação Recomeço pensaram em dois objetivos, cuidar tanto das mães quanto dos filhos. E o resultado refletiu nas palavras das famílias presentes, como a do pequeno Leonardo de Oliveira Rios, de dois anos, que sofre de paralisia cerebral, epilepsia e microcefalia, que já recebeu da Recomeço uma cadeira de rodas e um aparelho de sucção. Sua mãe, Patricia Aline Rios, repete palavras de gratidão pelos benefícios destinados a ela e ao filho: “Só tenho a agradecer a essa equipe maravilhosa e abençoada”.

— O Projeto Passo a Passo, da Recomeço, tem sido muito importante. Além do suporte ao meu filho em atendimentos de fisioterapia e fonoaudiologia,  tem trazido, para nós mães, um acolhimento emocional. Podemos sentir o carinho com que tudo é organizado, o amor no olhar de cada voluntária que se doa. Não tem maior alegria de ver o filho da gente bem cuidado, bem recebido e ser aceito do jeitinho que ele é. Momentos como esses, fazem ter esperança de dias melhores, lembram que também preciso cuidar de mim para conseguir cuidar melhor dele — Este emocionante depoimento é de Daniela Tibes Garghetti de Araújo, mãe do João Miguel Tibes Garghetti de Araújo, de apenas um ano e 10 meses, portador de Síndrome de Down e epilepsia.

— Vai muito além de um acolhimento físico, é um acolhimento que aquece nosso coração — complementou Daniela.

Toda esta mobilização sensibilizou as integrantes da equipe de voluntárias da Recomeço, como Carla Filipack, que descreveu a emoção da tarde.

— Exausta, mas coração alegre em proporcionar esses momentos de autocuidado e autoestima a essas mães guerreiras — declarou.

— Foi muito bonito mesmo! Parabéns Recomeço e a todos que ajudaram! Tenho certeza que ficará uma lembrança linda no coração de cada uma destas mãezinhas — diz a voluntária, Luciana Bramati.

Deixe seu comentário