Em busca de novas experiências, a chapecoense Danielli Luiza Faccioni, de 31 anos resolveu se inscrever para trabalhar como auxiliar de medicina legal para a Polícia Cientifica de Chapecó. Danielii é graduada em Educação Física e durante anos exerceu a profissão como professora. — Eu nunca havia pensado nessa profissão tão diferente, um dia vi […]
Em busca de novas experiências, a chapecoense Danielli Luiza Faccioni, de 31 anos resolveu se inscrever para trabalhar como auxiliar de medicina legal para a Polícia Cientifica de Chapecó. Danielii é graduada em Educação Física e durante anos exerceu a profissão como professora.
— Eu nunca havia pensado nessa profissão tão diferente, um dia vi a oportunidade e me chamou atenção, resolvi aproveitar, gosto muito da área da saúde, então me inscrevi e hoje trabalho como ACT — conta.
Ela conta que se identificou com a profissão e pretende prestar concurso para continuar na Polícia Cientifica.
A equipe do Lance Xaxim conversou com Danieli e ela contou algumas experiências:
— Acredito que ninguém está preparado para lidar com a morte, é um tabu até falar sobre isso, então aprendo todos os dias alguma coisa, no início tive um pouco de dificuldade de lidar com as famílias na questão emocional, mas aos poucos vamos ficando mais fortes para fazer o nosso trabalho da melhor forma possível — fala.
Danielli explica que o trabalho da Polícia Cientifica não se resume apenas a óbitos, mas são muitos os atendimentos de corpo de delito, e as situações não são fáceis. Ela diz também que existem algumas situações engraçadas no ramo.
— É engraçado as reações de algumas pessoas com o nosso rabecão, as vezes paramos no sinal e tem gente que faz o sinal da cruz, fecha o vidro, viram o rosto de medo — comenta.
Hoje Danielli trabalha na cidade de Chapecó, que atende 22 municípios da região. Ela conta também que no estado a maioria dos profissionais da área são mulheres, e ela sente orgulho e admiração.
— Trabalho em Chapecó, mas a Polícia Científica atende 22 municípios da região, se tivermos ocorrência em algum desses municípios nós deslocamos para atendimento. Hoje no estado a maioria são mulheres, sinto muito orgulho e admiração por elas e nesse tempo trabalhando aqui aprendi que trabalhar com a morte é aprender a dar ainda mais valor para a vida — finaliza.